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Conheça Chiang Mai, a queridinha dos nômades digitais

Quando comecei a pesquisar sobre nomadismo digital, Chiang Mai sempre aparecia como uma das cidades mais recomendadas do mundo para quem quer trabalhar remoto e explorar um destino cultural e cheio de natureza.

Passei duas semanas na maior cidade do norte da Tailândia e entendi rapidamente por que ela conquista tantos viajantes: templos antigos, mercados animados, comida deliciosa e experiências únicas como conhecer um santuário de elefantes.

Neste post, vou contar como foi minha estadia em Chiang Mai, o que fazer, minhas impressões e dicas práticas para você planejar sua viagem.

Como chegar e onde ficar em Chiang Mai

A maneira mais fácil para se chegar a Chiang Mai é através de avião. O voo de Bangkok até a cidade demora cerca de uma hora, enquanto opções como trem e ônibus tardam 10 horas ou mais.

Como os preços na Tailândia são mais em conta do que a maioria dos países ocidentais, decidi me hospedar no Isty Hotel, um hotel 3 estrelas que chamou minha atenção pela piscina ––o calor de Chiang Mai era muito intenso, então cada centavo valeu a pena. Do aeroporto até a acomodação, uma viagem de Grab, o aplicativo tipo Uber da Tailândia, me custou 47 bahts (cerca de R$ 8) e demorou 10 minutos.

O hotel não estava lotado, tinha um ambiente bastante tranquilo, funcionárias atenciosas e transmitia uma sensação de paz, principalmente na área da piscina, cheia de trepadeiras e pássaros que cantavam incessantemente. Fiquei hospedado entre os dias 22 de março e 5 de abril e o total da estadia me custou 13.515,46 bahts, algo em torno de R$ 2.200. O café da manhã não estava incluso, mas achei que o custo-benefício valeu muito a pena. O quarto e a cama eram grandes e tinha escrivaninha para trabalhar, apesar de eu ter usado mais a área de coworking do hotel.

O que fazer em Chiang Mai

Chiang Mai é conhecida por ter mais natureza e ser mais tranquila do que a caótica Bangkok. Se você olhar no mapa, verá que o centro da cidade é um “quadrado” , cercado por um fosso (ou um pequeno rio) que rodeia os quatro lados, além de portões e partes de uma antiga muralha. O meu hotel ficava fora do centro, distante há uns 10 minutos a pé dessa região, que inclui algumas das principais atrações da cidade:

Mercados

Populares em todo o país, os mercados de rua da Tailândia são uma experiência autêntica para quem quer provar a comida local e ter um contato mais direto com a cultura e com o povo tailandês. Em Chiang Mai, destacam-se o Saturday Night Market (mercado de sábado à noite), o Sunday Night Market (mercado de domingo à noite) e o Chiang Mai Night Bazaar (bazar noturno diário).

Templos

Chiang Mai também é conhecida como a “cidade dos templos” e na Old City estão localizados alguns deles, como Wat Phra Singh, Wat Chedi Luang e Wat Chiang Man. Apesar de contar com dezenas deles, os templos mais famosos dessa região da Tailândia não estão em Chiang Mai. Você já deve ter ouvido falar no Templo Branco e no Templo Azul. Pois bem, eles estão localizados na cidade de Chiang Rai, que fica mais ao norte do país, perto da fronteira com Laos e Myanmar.

Achei o Wat Rong Khun (Templo Branco) e o Wat Rong Suea Ten (Templo Azul) bem bonitos e diferentes, mas confesso que esperava mais pelas fotos e vídeos que via. Como eles ficam a três horas de Chiang Mai e em uma região sem muitas atrações, recomendo a visita para quem tem tempo ou goste muito de templos e arquitetura. Como eu tinha tempo e ânimo, já que estava no começo da minha aventura nômade, decidir ir e fazer um bate-volta. Caso você realmente não faça questão de conhecê-los, não acho que seja um passeio imperdível.

Já o Wat Phra That Doi Suthep é o templo mais conhecido de Chiang Mai e de onde você pode ter uma vista panorâmica da cidade, já que ele fica no topo de uma montanha. Não conseguir visitar porque, quando fui comprar o passeio, já não estava disponível para a data que eu desejava.

Outro ponto turístico que acabei deixando para uma próxima visita é o Doi Inthanon National Park. Conhecido como o “Teto da Tailândia”, ele é o pico mais alto do país com 2.565 metros de altura e fica a 70 km a sudoeste de Chiang Mai.

Já a cidade de Pai, mais ao norte, também é recomendada para quem busca um clima tranquilo, cachoeiras e uma paisagem predominantemente de campo.

Santuário dos elefantes

Um dos motivos para eu ter ficado bastante tempo em Chiang Mai foi encaixar uma visita a um santuário de elefantes. Procurei alguns antes de fechar o passeio e acabei optando pelo Pon Elephant Thailand. A excursão começou com um divertido bambu rafting em um rio, onde pudemos ter bastante contato com a natureza.

De lá, o roteiro seguiu até o santuário, onde os guias explicam tudo e o ambiente parece ser bem responsável e sustentável. Os elefantes são bem tratados e alimentados, porém ainda fiquei com a sensação de que os animais não usufruem de uma liberdade completa, já que estão constantemente aos olhos de visitantes que pagaram 50 euros para poder dar comida e banho nos mamíferos.

Eu particularmente fiquei em dúvida se deveria ter ido, ainda mais depois de ler sobre outros locais onde os elefantes ficam realmente livres em seu habitat natural e não há interação com os turistas. Fiquei ainda mais bravo com uma porto-riquenha que insistia em tocar e fazer várias fotos e vídeos com os elefantes, tudo para postar em suas redes. Gente sem noção existe em todos os lugares.

Mas o melhor fica no final, onde uma cachoeira encerra o passeio de nove horas após uma trilha de uns 10 minutos.

Dicas de lugares em Chiang Mai

Como em toda a Tailândia, alugar uma moto facilita demais sua locomoção em Chiang Mai. Entretanto, se você não souber pilotar uma como eu, dá pra fazer bastante coisa a pé ou até mesmo chamar o Grab (cada viagem custava cerca de 50 bahts, algo em torno de R$ 8). A seguir deixo alguns lugares que frequentei durante minha estadia na cidade:

  • The North Gate Jazz Co-Op: bar de jazz com bandas e música ao vivo que está sempre cheio. O espaço não é tão grande, mas colocam cadeiras na calçada e o pessoal fica até de pé na rua tomando drinks e cerveja para curtir o som.
  • Drop In Restaurant: se você estiver cansado de street food, este restaurante é uma excelente opção. O cardápio tem comidas tailandesas tradicionais como .o pad thai, mas também oferece pratos como hambúrguer ou macarrão. O atendimento é muito bom, assim como o preço: 180 bahts (R$ 30) prato mais suco natural de abacaxi.
  • Myeongdong: bem perto do Isty Hotel existem vários restaurantes de churrasco coreano como o Myeongdong. Frequentado majoritariamente pela população local, eles oferecem um buffet self-service com opções de carne, frutos do mar, saladas e sorvete de sobremesa. Você se serve, uma grelha é colocada na sua mesa e você mesmo assa sua própria comida. Pode come à vontade por 200 bahts (cerca de R$ 30). É uma alternativa mais “raíz” e imersiva para quem quer fugir dos restaurantes turísticos.
  • TimNomSod: para quem gosta de doces e sobremesas, esse local faz bebidas à base de leite, chás e pão tostado na grelha a carvão recheado de chocolate e outros sabores. Também muito visitado por locais, os atendentes te dão um papel para você anotar seu pedido. Depois é só entregar no caixa, pagar e esperar seu milk-shake e seu docinho.

Quantos dias ficar em Chiang Mai?

Em duas semanas pude ver bastante de Chiang Mai ––senti até o terremoto que houve em Myanmar e afetou algumas regiões da Tailândia. Embora não tenha conseguido ir (por falta de planejamento) em todos os lugares que gostaria, como Pai ou o Doi Inthanon National Park, acredito que 14 dias sejam o suficiente para conhecer bem a cidade e relaxar.

Se sua disponibilidade for mais curta, diria que três a cinco dias sejam o ideal para conhecer Chiang Mai e seus arredores. Caso você queira se estabelecer por mais tempo na cidade, certamente conseguirá incluir em seu roteiro outros destinos e explorar o máximo o que essa região tem a oferecer.

Chiang Mai tem um ritmo bem mais tranquilo que Bangkok, o que pode ser ideal para quem quer curtir e viver sem muita pressa, mas também pode cansar depois de uns poucos dias para quem gosta de movimento. Seja qual for seu perfil de viajante, certamente vale a pena conhecer uma das principais cidades da Tailândia.

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